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Dear diary,
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M U L T I V E R S I D A D E
A defesa de uma tese para a especulação (futura) de uma universidade queer. Uma palestra-performance de Rogério Nuno Costa.
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@circularfestival
@esmad_pporto
28 de setembro
16:00
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Texto, Performance & Projecto Documental: Rogério Nuno Costa. Sound Art & Design Gráfico: Jani Nummela. Fotografia de Cena: Alípio Padilha.
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MULTIVERSIDADE é um projeto cofinanciado pelos programas Aalto Arts, Department of Art Grants (Aalto University, Finlândia), Reclamar Tempo (Teatro Municipal do Porto) e Garantir Cultura/Fundo de Fomento Cultural (Portugal). Co-produção: Circular - Festival de Artes Performativas de Vila do Conde. Co-produção em residência: O Espaço do Tempo (Artista Associado). Apoios: Associação Parasita. Residências: Kallio Stage (Helsínquia, 2020), CAMPUS Paulo Cunha e Silva (Porto, 2021), O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo, 2023 e 2024). Apoios/Tour: Rua das Gaivotas 6, Associação Parasita/23 Milhas, Festival Atos de Fala.22/Teatro do Bairro Alto, RE=INICIAR Encontro de Artes Performativas/Ballet Contemporâneo do Norte, Universidade de Coimbra (Colégio das Artes), Escola de Artes Performativas da Jobra/Visões Úteis, QUEERMESS/Teatro Praga (Universidade Católica do Porto), O Espaço do Tempo. Laboratórios: ArtEZ University of the Arts (Arnhem), Circular – Festival de Artes Performativas de Vila do Conde, E-motional | Re-Thinking Dance (Bucareste), Arthouse/Aalto University (Espoo), Porta33 (Funchal), Creative Commons Global Summit (Toronto), Núcleo de Investigação em Estudos Performativos da Universidade do Minho (Guimarães), Centro em Movimento (Lisboa), RECURSO/Estrutura (Porto). Special features: Publicação RECURSO (2022), Jornal Coreia #8 (2023), revista UMBIGO (2023).
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Mais:
www.multiversity.pt
artwork © Jani Nummela
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MULTIVERSIDADE
Para a escrita de uma academia enquanto performance [laboratório com Rogério Nuno Costa]
Partindo da prática investigativa que tem alicerçado o projeto MULTIVERSIDADE ao longo dos últimos 10 anos, proponho um laboratório experimental e experiencial que procure especular, colaborativamente, o futuro mais ou menos simples/mais ou menos condicional da “escola” através do exercício (queer) da falha enquanto resistência aos atuais modos de produção e transmissão de conhecimento. Três sessões de discussão livre e errante, peripatética e desalinhada, onde possamos contar – lendo, escrevendo, conversando, deambulando, contemplando, parando… – a história futura que queremos que fique escrita no presente. Elaborando e ensaiando ficções pedagógicas radicais e fracturantes, construiremos em conjunto uma fábula para-artística e vivencial que faça a apologia do periférico e do marginal, do inconstante e do acidental, fazendo frente à cultura dominante, desafiando a convenção, desmistificando a autoridade. A edificação imaginária de uma escola “sem escola”; um movimento infinitamente imóvel que se traduzirá, invariavelmente, num regresso reparador às nossas zonas de conforto: “…que para escaparmos a um lugar, o melhor é deixarmo-nos ficar nele”.
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@esmad_pporto
25-26-27 Setembro 2024
14:00-19:00
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As sessões serão facilitadas por Rogério Nuno Costa com a participação remota de artistas-investigadores-pedagogos que se têm dedicado a projetos de re-formulação e re-imaginação da escola dentro e fora do contexto académico. Para além da leitura coletiva de textos e do estudo/discussão de alguns projetos-escola, serão realizados exercícios de escrita-enquanto-performance inspirados em operações de especulação, desatenção, deambulação, desaceleração, suspensão e fricção. Participantes terão acesso à conferência-performance “Multiversidade”, que será apresentada no dia 28, pelas 16:00, também na Escola Superior de Media Artes e Design. Ambas as ações inscrevem-se e anunciam o Ano 4: Pós-Produção do projeto “Multiversidade”, que concluirá em 2025, em coprodução com o @circularfestival.
Ph: @janummela
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O “Vou A Tua Casa (de férias)” condensado num refrescante, relaxante, diria até luxuriante momento captado pelo olhar sensível da espectadora veraneante @laraboticario.morais, que veio comigo passar umas férias-enquanto-performance (ou será que se tratou de uma performance-enquanto-férias?) num secreto domicílio privado sito no Beco dos Navegadores, na praia do Carvoeiro, Algarve. Imensamente agradecido pelo generoso convite do Festival Paragem e pelo acompanhamento cuidado e intenso de toda a equipa da @boia.ac, em particular a Filipa Brito e o @nelsonguerreiro, valentes programadores do improgramável, mestres sem-cerimónias da nobre arte do #holidaycrashing. Perante a avalanche ubíqua (diria trágica) de festivais que oferecem pacotes premium de temas fracturantes prontos-a-pensar, o Paragem é um verdadeiro oásis. De tempo, de ócio (sim, o contrário daquela outra palavra), de errância, de experiencialidade, de pensamento livre (não-sobre), de repouso, de deriva doméstica e peripatética, de desejo e devaneio, de intimidade. Um festival ao lado de todos os festivais, o desacelerador de partículas que precisamos para confrontar a autoridade über-produtiva que tem reduzido todas as práticas artísticas (e seus agentes) à condição de #burnout. Obrigado a todes que vieram descansar/mergulhar comigo. E obrigado ao @janummela que comigo hasteou a bandeira que terá instituído, para já à falta de melhor designação, o Dia Nacional do Nada Fazer. Quem não veio, não pôde ou não quis (porque estava “cheio de trabalho”), poderá ainda acompanhar esta preguiçosa aventura, que começou em 2022, na seguinte ligação retrospectiva:
www.rogerionunocosta.com/vouatuacasadeferias
Mal podemos esperar pelas férias grandes de 2025! Até lá!
#retrospectiva
#vouatuacasa
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Vou A Tua Casa (de férias)
Uma des-performance (sem duração) de Rogério Nuno Costa
Após a residência de pesquisa que teve lugar no Festival Paragem de 2022 e a apresentação-em-progresso de uma versão remota para o Festival Paragem de 2023, Rogério Nuno Costa propõe, para a edição de 2024, a estreia de uma derivação veraneante e experimental da performance “Vou A Tua Casa” (2003) – para o efeito re-intitulada de férias – a acontecer numa casa-de-férias no Carvoeiro. Uma performance doméstica para espectadores-banhistas, cansades das obrigações impostas pelo lazer über-planeado, polido e higienizado dos tempos modernos, que terão aqui a oportunidade única de se dedicarem, sem culpas e longe do escrutínio social-mediático, à prática indisciplinada e diletante do aborrecimento, da preguiça e da inação. Um mergulho introspectivo e um desafio à libertação através da construção de uma poética do ócio enquanto lugar ao mesmo tempo crítico e lúdico, onde a noção de lazer é substituída, em jogo (semântico e não só) pela noção de repouso. O dolce far niente elevado à categoria de prática artística. Esta é uma das variações incluída no macro-projecto RETROSEPCTIVA (2003-2023), que assinala, de forma mais crítica que celebratória, os 20 anos desde a estreia do conjunto de performances em espaços domésticos “Vou A Tua Casa”.
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Performance, textos, projeto documental: Rogério Nuno Costa - - - Design, ilustração, acompanhamento documental e tradução: Jani Nummela
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Horários das sessões:
13 de setembro — 17:00, 18:00, 19:00
14 e 15 de setembro — 14:00, 16:00, 18:00
Festival Paragem (@boia.ac)
Praia do Carvoeiro (domicílio privado)
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Marcações (WhatsApp): +351-916409998
Diário de Bordo: www.rogerionunocosta.com/vouatuacasadeferias
Ph @janummela
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A fazer as malas para ir passar umas refrescantes férias-enquanto-performance a Carvoeiro e estâncias balneares adjacentes, abraçado pelo Festival Paragem e sob a máxima proteção e carinho da @boia.ac-salva-vidas que são a Filipa Brito e o @nelsonguerreiro, mais a assistência em viagem do @janummela. Depois de uma incrível residência em 2022 no eixo Portimão-Lagoa, e um primeiro teste remoto-sinestésico em 2023 a partir de uma praia no Báltico, o “Vou A Tua Casa (de férias)” será finalmente dado a provar ao público veraneante do Barlavento algarvio, desta vez ao vivo e a cores (pelo menos duas!), com três sessões vespertinas a acontecer nos dias 13, 14 e 15 de setembro num condomínio fechado cuja localização não posso revelar. ;) Ah, e vai dar para acompanhar (quase) tudo nas seguintes casas-sem-piscina:
www.instagram.com/rogerionunocosta
www.instagram.com/_chefro
www.vouatuacasa.blogspot.com
www.rogerionunocosta.com
...mas o mais incrível era virem à nossa casa-com-piscina em modo #holidaycrasher e testemunharem não as férias, nem sequer a performance, mas esse “enquanto” que está no meio porque é no meio que está não sei o quê. Já sabem que estas coisas que faço só se apanham a meio, às vezes perto do fim, quase sempre ainda antes de começar, por isso comecemos pelo início: pré-marcações abertas para o número-whatsapp +351-916409998.
Até já!
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#vouatuacasa
#retrospectiva
#summertimesadness
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A foto é de 2022, um lusco-fusco capturado em passeio pelo Algar Seco.
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This year I decided to treat myself with a pretending-to-be-pro photo shoot. Just because I wanted. No special reason other than convincing myself that I’m (still) “cool”. So now I'm sharing two of the cool pics just to bring to your attention that the news section of my website has just been updated! Yeah, not as “cool”, I know, but there you have it: some freshly brewed upcoming, ongoing and everlasting gigs. Here: www.rogerionunocosta.com
Happy rentrée!
🍀
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Kuvat by @janummela
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BALTLANTIC™, a letter with news
Here is a refreshing memory from August’s residency with @mafaldabanquart for her project FLOWERS, set to premiere in @oespacodotempo in November. Dramaturgical consultancy merged with post-therapeutical #lifecore conversations (alongside other very important trivialities) took place at @recoverlaboratory’s RecLab space in Helsinki, but this video was captured during a visit to Pihlajasaari for a much needed thalassotherapy. My tired body dancing with a gigantic lizard-towel against the Baltic wind could be just the perfect metaphor encapsulating what is about to come... But let me jump straight to the synthesis:
1/
VOU A TUA CASA (DE FÉRIAS)
Domestic performance for @boia.ac’s Paragem Festival, in Carvoeiro, Algarve. Key words: beach, food, love, leisure.
✨ 10-15 September
2/
MULTIVERSITY | POST-PRODUCTION
Experimental laboratory and lecture-performance at @esmad_pporto, in Vila do Conde, for @circularfestival. Key words: school, text, time, labour.
✨ 25-28 September
3/
Maybe some (real) holiday? Key word: please.
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Everything and more here:
www.rogerionunocosta.com
✨
#retrospectiva
This week in Helsinki, a residency with the one and only @mafaldabanquart | @silentparty.coletivo for her project FLOWERS, only possible with the beautiful support of @recoverlaboratory and their gorgeous brand new RecLab’s working space in Aleksis kiven katu! Forever kiitos! 🥰 FLOWERS will premiere in Portugal later in November at @oespacodotempo.
🦄
“It’s 7 am, I’m at the after-party and I’m a Monet painting, without perspective or defined boundaries, dissolved in the sound that is now making my skeleton vibrate. With my eyes closed, I think that I have never understood Coccia’s philosophical proposal in “Metamorphoses” so well, and that being human is, in fact, nothing special, just a fiction of the modern epistemological subject who needs to delimit in order to know. Both me and the air particles are just things that vibrate so the sound can be heard.” [Mafalda Banquart]
🦄
Artistic team (residency): Mafalda Banquart (creation and performance), Rogério Nuno Costa (consulting and dramaturgical collaboration). Co-production: Bolsa de Criação O Espaço Do Tempo, with support of BPI, “La Caixa” Foundation and Teatro Municipal do Porto. Residencies: Cão Solteiro . residências 120 (PT), Casa das Artes Bissaya Barreto (PT), Recover Laboratory (FI). Partnership: Universidade de Coimbra (Faculty of Arts and Humanities).
Remembering my participation in the celebration of the World Portuguese Language Day (May 5) in Helsinki, a reading recital organized by the APPF @professores.finlandia (EntreLínguas) held at @mundialshop.online Coffee Room. I read two poems by the extraordinary Portuguese poet Adília Lopes and then filled my face with delicious pão de queijo and coxinha! Obrigado! 🇵🇹🇧🇷🇫🇮
Pic by @janummela
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The third meeting-as-performance CONDOMINIUM took place this month at @crl_centraleletrica (Porto), this time in the form of a 4-day laboratory for @estrutura.ac’s educational program REC̶U̶R̶S̶O̶. Thank you to all the generous, invested and thought-provoking participants! Such great discussions and intriguing elaborations on the concepts of home, co-habitation, protocol and privacy. Obrigado @estrutura.ac for the kind invitation to be back and for all the heartwarming care. I had a blast!
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CONDOMINIUM will now take a short summer break. More developments expected to unfold in September!
Love!
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🏠
The second meeting-as-performance CONDOMINIUM took place at @oespacodotempo last month as part of a 2-week residency for my current anthological project #RETROSPECTIVA, which also featured a new iteration of my lecture-performance #MULTIVERSITY. Thank you everyone who came to Oficina Magina for both the lecture and the meeting! Special shout-outs to @trans_tornada (for being the best co-resident ever), @pedro__barreiro, @andre_e_teodosio, @otero_susana and @janummela (all-time partners in crime), and to the first-class team of O Espaço Do Tempo who were also the 10 housebuilders-diners-thinkers-lovers who came to sit with me at the table to dream of and speculate about common futures for co-inhabiting, belonging and existing; all this accompanied by books, songs, photographs, love/farewell letters, souvenirs from 20+ years ago and (obviously) food. Obrigado for the heartwarming smiles, hugs and (some) tears!
§
CONDOMINIUM will now resume in the form of a 4-day laboratory for @estrutura.ac’s educational program REC̶U̶R̶S̶O̶, starting tomorrow at @crl_centraleletrica, in Porto.
Love!
💖
Deixei passar a data exacta da efeméride, mas vou fazer a nota retro-fui-turista na mesma: foi há vinte anos, no dia 26 de junho de 2004, que apresentei "ACTOR" na Black Box do @ccbelem. Um "espectáculo de dança" sobre a minha falta de formação académica no ramo sócio-profissional dos "espectáculos de teatro". Ou terá sido ao contrário? Lembro-me mal do que aconteceu porque o espectáculo era apenas o guião de um espectáculo-para-não-fazer-um-espectáculo, como aliás todos os que viria a fazer a seguir. Mas lembro-me que teve muito pouco público, claro: quando um espectáculo não tem CAE, fica tudo à porta com medo de entrar (embora o vampiro, aqui, seja claramente eu); ou então foram todes ver o jogo Suécia-Países Baixos que aconteceu à mesma hora mas no Campeonato Europeu de Futebol, e que terá sido, ouvi dizer, um espectáculo inesquecível com linóleos brancos hiper-iluminados, roupas coloridas, drogas leves e abba-jours do IKEA, uma obra total que melhor piscou o olho ao air du temps da performatividade daquele tempo, portanto, não sei de que raio estava eu à espera...
§
O vídeo que aqui vos deixo, não obstante, trata-se de um dos maiores sucessos virais da minha carreira. Foi realizado/montado pelo enorme Rui Ribeiro, com apoio ao movimento da enorme @marinanabais, e fechava (num bunker) o espectáculo. Sou eu a fazer queerbaiting muito antes do queerbaiting ser cool (ou ter CAE).
#retrospectiva
#actor
#óaiólarilolela
RETROSPECTIVA é o projecto que assinala, de forma mais crítica que celebratória, os 20 anos desde a estreia do tríptico de performances em espaços inusitados “Vou A Tua Casa” (2003) e os projectos educacionais, curatoriais, académicos e gastronómicos que, em diálogo tensional e (in)disciplinado, se lhe seguiram. Com a duração de três anos (2023-2025), o programa contempla a produção de três objetos editoriais e uma série de reenactments, laboratórios experimentais, conversas e conferências-performance, entre outras actividades para-artísticas e pedagógicas cujo objetivo central será a revisitação e consequente adensamento de temas, conceitos e operações já explorados, ao mesmo tempo abrindo pontos de fuga para outras intensidades, antevendo prioridades futuras, e promovendo novas agências e colaborações. A compilação e subsequente reactivação integrais de um arquivo transdisciplinar de 20 anos será intersectada com a construção de um novo edifício conceptual e performativo, concluindo com a criação de uma nova (anti-)performance em 2025. Nesta reescrita de uma narrativa memorial em torno da acidentalidade de um percurso, questões como intimidade, privacidade, representação, co-participação, memória, autoria, compromisso, quotidiano, autobiografia, domesticidade e relacionalidade, obsessivamente trabalhadas pela trilogia “Vou A Tua Casa”, serão neste contexto retrospectivo re-mapeadas e re-analisadas, especulando-se a possibilidade da sua actualidade e da sua continuidade, mas também da sua eventual expiração. Um percurso e o seu negativo. Quiçá um fim.
Em residência n’@oespacodotempo de 19 a 30 de junho 2024. Apresentação pública de MULTIVERSIDADE no dia 22 às 19:30. Apresentação-em-progresso de CONDOMÍNIO no dia 25 às 19:30. Na Oficina Magina.
#retrospectiva
#vouatuacasa
THE TENT (I)
#EveryoneIHaveEverSleptWith_2003_2023
Mais uma série retrospectiva (palavra que na minha utopia lexical significa “retro-expectativa”) para me ocupar nos tempos entre espaços, ou nas notas de rodapé da vida. Um livro de cabeceira de pessoas que são tudo menos notas de rodapé. Ou o meu corpo (de trabalho) projetado nos corpos de outres. A Tracey Emin dormiria com todes; já eu não tenho corpo (nem cama nem cabeceira) para tanto… Mas adormeço todas as noites a pensar que o meu trabalho é todo ele alicerçado em muitas pessoas que, num qualquer momento mais ou menos circunstancial, permitiram aborrecer-se comigo. O maior gesto e a mais inequívoca prova de amor, acho que é isso. Estou a preparar dois livros que falam de projetos, performances, textos, coisas que fiz/desfiz que são só as notas de rodapé de um texto maior, ou de um CORPO DE TEXTO, onde dormem todas as pessoas com quem dormi. A primeira é o Tiago Coimbra, o maior (e o mais dogmático) colecionador de memorabilia rogeriana. Nesta foto a levar o meu braço tatuado para o alto mar…
#retrospectiva
#dogma2005
Já passaram mais de dois meses desde a primeira apresentação, ainda em processo, que é como quem diz ainda em resultado, da reunião-performance-jantar “CONDOMÍNIO”, uma versão revista (à finlandesa), reduzida e desacelerada do “Vou A Tua Casa - LADO C”: de 2005 a 2024, passando por tudo o que (não) aconteceu no meio. Foi no Teatro Oficina, em Guimarães, no contexto do maravilhoso Festival END (@colectivo.84), com uma plateia imensa de vizinhos a espreitar uma segunda plateia de excelsos comensais: o @mickaeldo84, a @bis.wc, o @nelsonguerreiro, o @bruno.odosreis, o @quetristeluis, a @anamarmula, o @carloalves1, a @floragranjamiranda, o Nuno Castro e a @raquels.noitarder. Também estiveram presentes a @susana.mendes.silva em direto do seu artphone e o @janummela em direto de Näkinpuisto. E ainda houve tempo para recuar 20 anos no Tempo e ler livros com a @peixinho_da_horta, queimar livros com o @andre_e_teodosio, receber livros de presente da @baptista.so e escrever um livro com o título “Just don’t know what to do with myself” com o @pedrozegrepenim (aqui ilustrado com a fotografia da capa, que sou eu a olhar-me ao espelho). E também houve espaço para abrir Futuro com a maravilhosa @mafaldabanquart e o mais belo brinde a mim-nós-todes alguma vez performado em tempo irreal. Obrigado a todes, por tudo, sobretudo às equipas do END e do Oficina (pela paciência e generosidade), ao @fncoelho pelo registo-big-brother, e ao público do outro lado do buraco da fechadura (tantas pessoas lindas que já não abraçava há tanto tempo!). A “RETROSPECTIVA” continua até ao final de 2025. A próxima reunião de condomínio, essa, é já daqui a duas semanas n’@oespacodotempo. Acho que vou fazer um gaspacho, que o amor também se pode servir frio...
<3
#RETROSPECTIVA
#vouatuacasa
#condominium
(XV)
A PERFORMANCE COMO MUSEU
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Em 2005 daria início, na casa onde vivia em Alcântara, à terceira e última parte da trilogia “Vou A Tua Casa”, subintitulada LADO C. Anunciada publicamente, a performance não chegaria a passar da sua fase experimental - ainda que um grupo selecto de espectadores-cobaias tenha invadido a minha privacidade para me ajudar a dirigir/digerir a tragédia da vida de todos os dias -, pois haveria de ser cancelada semanas depois por falta sistemática de apoios. Dois anos a brincar aos teatrinhos (de trazer por casa) terminavam assim o seu prazo de validade (ou de falta dela). Contudo, a peça acabaria por ser retomada no ano seguinte, em formato performance-conferência-jantar, com uma estreia extemporânea no Festival Alkantara e na casa para onde entretanto me havia mudado. As fotos neste pequeno compêndio incluem algumas provas do crime recolhidas por mim e outras que fazem parte do registo fotográfico realizado pelo @jose__neves__ numa das sessões experimentais. Quem não viu também foi cúmplice.
#retrospectiva
#pósprodução
One year ago I was premiering the second episode of LAMENTO IMENSO within @newtheatrehelsinki’s “Who Belongs To Finland?” festival. Two sacrificial iterations of this old-new work were performed in @svenskateatern’s Nicken-scenen, in Helsinki, with special guests each time (thank you @pedrozegrepenim, thank you @peixinho_da_horta), plus the launching of two new intertwined love-farewell letters (thank you @janummela) sent to/received from Helsinki and “everyone I have ever slept with: 2016–2023” (thank you …and sorry… Tracey Emin). Later that year, a third episode was eventually included as a bonus scene in my show “Retrospectiva” at @festival_citemor in @teatroacademicodegilvicente (Coimbra, Portugal). LAMENTO IMENSO will continue unfolding other materialisations (performative, visual, textual) throughout this year and next. A fourth episode is on-the-making for the second half of 2024. Stay auto-tuned:
https://www.rogerionunocosta.com/lamentoimenso
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Ph © Quentin Wachter
#lamentoimenso
#RETROSPECTIVA
ITINERÁRIO — geologia de um regresso (a casa) | Open Lab - Stages: Rogério Nuno Costa
11 fevereiro, 15:00
Incubadora de Artes de Águeda
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Respondendo ao desafio basilar proposto pelo projeto @sustainable_stages, este laboratório experimental é o segundo momento público de partilha de um trabalho de investigação de três anos nas interseções entre Arte, Ciência e Tecnologia, com coordenação de Rogério Nuno Costa e a colaboração das cientistas Alexandra Polido e @saramorenopires e das/os investigadoras/es @aida.estela.castro e @mbogalheiro.
Com vista à especulação e futura incubação de um projeto-protótipo capaz de se apresentar enquanto alternativa ecologicamente sustentável à criação e apresentação de espetáculos no campo lato das artes performativas, o grupo propõe uma reflexão crítica das relações entre teatro, lugar e ubiquidade/mobilidade à luz de um entendimento expandido dos estudos de performance, ciências do ambiente e teoria dos media. Uma discussão que se pretende participativa e “inter(in)disciplinada”, que procura elaborar e especular em torno de uma criação teatral em andamento (com estreia em 2025), numa relação ao mesmo tempo objetiva e poética com as ideias de sustentabilidade, pegada ecológica e impacto territorial.
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Projeto desenvolvido no contexto do projeto STAGES - Sustainable Theatre Alliance for a Green Environmental Shift), cofinanciado pela União Europeia, a convite do @tndmii.
#retrospectiva
#vouaminhacasa
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Ph © @roldon.raw, “Odisseia Nacional - Cenários Passados” no Teatro Jordão, Guimarães, abril 2023.
(XIV)
A PERFORMANCE COMO MUSEU
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“FUI (esboço # 6)”, performance sacrificial apresentada na Casa Conveniente, quando a Casa Conveniente era uma casa no Cais do Sodré, numa rua que agora é tudo menos casa, e muito menos conveniente. Foi no final de 2005 e depois no princípio de 2006. Em Lisboa (where else?). A fotografia é do @angelofernandesqos. O coelho, como eu, é um @caosolteiro.
#retrospectiva
#pósprodução
(XIII)
A PERFORMANCE COMO MUSEU
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A #meme_ória de hoje é um espelho. Acendam a fogueira: “A @gerador.eu, que é assim uma espécie de Orfeu do novo século, pediu-me para (re)posicionar, numa fotografia, Santa-Rita Pintor, um dos lunáticos portugueses que há 100 anos apresentou o Futuro. E depois teve a ousadia de escrever que o lunático Rogério Nuno Costa, 100 anos depois, o (re)apresenta. O Futuro. Perante isto, só me resta mesmo mandar queimar toda a minha obra e deixar-me morrer, sufocado pelo ar que a cada ano se vai tornando cada vez mais rarefeito...” (2015)
[fotografia de Filipe Alves e Rute Magalhães, Estúdios Silverbox, para o número 3 da revista Gerador, Janeiro de 2015]
#retrospectiva
(XII)
A PERFORMANCE COMO MUSEU
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“The Curator’s School” foi o (sub)título do terceiro e último momento público do projeto curatorial “A Oportunidade do Espectador”. Teve lugar na Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão (Politécnico do Porto), em Vila do Conde, numa co-produção e co-operação com o @circularfestival (setembro de 2008). Um conjunto de artistas, pensadorxs e outres colaboradorxs, que haviam atravessado as duas fases anteriores do projeto, encontraram-se durante uma semana num espaço-readymade (uma sala de aula de uma universidade), para proporem, numa (est)ética de ocupação/ocultação, a construção de uma escola clandestina, temporária e pós-(in)disciplinada. Libertos do jugo dogmático das fases anteriores, xs participantxs passaram de “alunes” a “professores”, demolindo o edifício de poder, ou pelo menos o lance de escadas, mas sem o obliterar completamente. Aliás, “aquele que aceita jogar o jogo proposto pelo sistema opressor para o poder controlar, mais cedo ou mais tarde irá criar o seu próprio sistema opressor; basta aparecerem novos jogadores.” Terá sido esta experiência que deu origem ao embrião do projeto investigativo-curatorial “Universidade/Yliopisto”, multiplicando-se em diversos sub-projetos colaborativos ao longo de mais de 10 anos; a metamorfose mais recente é uma academia-enquanto-performance chamada “Multiversidade”, que este ano voltará a ser escola, regressando, para (se) concluir, à casa-mãe. Será em setembro de 2024, no @circularfestival de Vila do Conde, que um novo knowledge entanglement, mais precário e peripatético que nunca, se abrirá em portal. Sim, que eu quando morrer quero ser desintegrado!… ;)
#retrospectiva
#pósprodução
[Fotos do @jose__neves__]
(XI)
A PERFORMANCE COMO MUSEU
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“The Curator’s House” foi o (sub)título do segundo momento público do projeto curatorial “A Oportunidade do Espectador”. Teve lugar na casa onde vivia em junho/julho de 2008, em São Pedro do Estoril, apartamento que transformei num panóptico veraneante, a casa (de férias) mais vigiada do país, com ligação pluri-direccionada em vários canais físicos e digitais. Cinco artistas, um curador, uma Voz observadora/perscrutadora, um produtor, um tatuador, várias celebridades-surpresa, uma selecção de esperanças para a crítica das artes performativas em Portugal (em Lisboa, vá…), um street artist (a fazer graffiti de interiores) e um cão; apresentaram-se conversas/mesas quadradas, telenovelas da vida ficcional (“parece mesmo mentira!”), performances de praia, palestras de (trazer por) casa, instalações (electrónicas), guerrilla happenings, sextings (mais ou menos) clandestinos, e uma gala final, em circuito interno de telekinésis, no aquário da Galeria ZDB, em Lisboa. Foi esta a segunda incursão, agora menos tímida, no universo manipulador e manipulatório da arte enquanto Novilíngua. Sim, havia um sistema de vídeo-vigilância disponível online a filmar tudo e todes à velocidade de 30 tiros no pé por segundo; e havia um confessionário instalado na casa-de-banho da suite curatorial. Foi também a segunda vez que o a(u)to de fé “Dogma 2005” foi aplicado (e escrutinado) à risca e na sua totalidade, tendo o Rei do Gado recebido a marca perene no braço esquerdo, só para dar razão às inimigas: infelizmente, aqui, é mesmo tudo “verdade”.
#retrospectiva
#pósprodução
[Fotos do @jose__neves__; printscreens vídeo-vigilantes de vários autores, quase todos anónimos.]
(X)
A PERFORMANCE COMO MUSEU
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“The Curator’s Office” foi o (sub)título do primeiro momento público do projeto curatorial “A Oportunidade do Espectador”. Teve lugar no Festival Transforma B, em Torres Vedras, no Outono de 2007, apresentando performances, instalações, guerrilla happenings, conversas (mais ou menos) clandestinas, manifestos e uma primeira incursão, ainda tímida, no universo manipulador e manipulatório da arte enquanto telenovela da vida real (sim, havia duas câmaras a filmar tudo, o tempo todo, e havia um confessionário, instalado numa das casas-de-banho da galeria). Foi também a primeira vez que o a(u)to de fé “Dogma 2005” foi aplicado (e escrutinado) à risca e na sua totalidade por um grupo de 6 artistas-cobaias, um mestre de cerimónias e um Grande Outro. A ideia era criar doppelgängers do Rogério Nuno Costa num laboratório antitético e sacrifical; houve ameaças de perigo epidémico (obrigado von Trier), mas a experiência auto-destruiu-se no último dia, quando os artistas-cobaias assinaram um contrato com efeitos retroactivos: “I was free to do what they told me to do.”
#retrospectiva
#pósprodução
#RETROSPECTIVA tautológica
[parte 3 de 3]
Ainda tive tempo para co-curar, com um grupo de artistas incríveis, a mostra de artes performativas @esitysteltta, em Helsínquia… ❆ ...e de me juntar ao “Spaces of Artist Education”, sub-grupo de investigação conduzido pelo @joonasjlahtinen para o Artist Pedagogy Research Group. ❆ O meu ensaio “Le Cirque Catastrophique de @phiamenard” saiu no 10.º volume dos Cadernos do Rivoli; “Notas para a escrita de uma tese sobre Multiversidade” saiu no nr. 8 do jornal Coreia; “(Algumas) notas para a compreensão/desformatação da palestra-performance Multiversidade” saiu no nr. 84 da @umbigomagazine; e “All alone ain’t much fun so you’re looking for the thrill”, que escrevi com a @susana.mendes.silva, saiu no “Artes Performativas e Intimidade” da Coleção Olhares (Imprensa da @ucoimbra); e a “Psicobiografia de um Herói Perdedor” está agora à venda na livraria do Museu da @fundacao_serralves. ❆ …cameos: o meu alter-ego finno-úgrico no show “Take My Breath Away” da @ritualdedomingo; o @_chefro no “Refeitório” da @joanabarrios; a minha voz no “100 days of remembering Minna Tarkka”... ❆ ❆ ❆ Aconteceu muito, sim, e no entanto parece que ficou tudo por fazer…
~~~
Notas ao lado/por outro lado/do lado certo da história: foi o meu primeiro ano enquanto artista associado d’@oespacodotempo; foi o ano em que fiz 45 anos e perdi definitivamente a paciência para aturar cretinos (há pelo menos um/a atrás de cada grande empreendimento); foi o ano em que chumbei, qual Charlie Chaplin, em todos os castings que procuravam sósias de Rogério Nuno Costa (nem para fazer de mim próprio tenho jeito...); foi o ano em que comecei a plantar um livro, se calhar muitos; foi o ano em que sonhei uma arte sem juízo (sim, o sentido é duplo, se calhar triplo); foi o ano em que me obriguei a reescrever a minha bio “internacional”: pretentious performance artist, theatre maker, writer, researcher, pedagogue, curator and faux-chef.
Obrigado a todxs xs que me acompanharam em 2023. Que 2024 traga mais momentos de silêncio e clarividência, como o que vem ilustrado nas fotos que acompanharam esta série: sou eu a ver-me ao espelho, em Rauma, na Finlândia [ph: @janummela]
#RETROSPECTIVA tautológica
[parte 2 de 3]
...”Missed-en-Abîme” foi também apresentado na PT.23 - Plataforma Portuguesa de Artes Performativas powered by @oespacodotempo, em Montemor-o-Novo. ❆ A palestra-performance “Multiversidade” teve três apresentações: no Colégio das Artes da @ucoimbra para o ‘Seminarium_curated research_the academy as medium’, curadoria de @anarito.ar; na @jobraedu para o ‘Fogo de Campo’ da @visoes_uteis; e na @escoladasartescatolica para a ‘Queermess’ do @teatropraga... ❆ ...meses depois, a “Multiversidade” desdobrar-se-ia em residência de pesquisa/especulação a convite da @parasita.associacao para o projecto Es.Col.Az, novamente n’@oespacodotempo , com o @carlos.m.c.s.oliveira, o @joclecioazevedo, a @lilianacoutinho7, a @joanagbraga e a @_fernandaeugenio_, e depois em modo conversa no @cem_centroemmovimento... ❆ ...que dias antes havia recebido uma variação laboratorial do “Lamento Imenso” em modo escrita invisível para o ‘Risco da Dança’. ❆ Em Agosto, e em jeito de celebração dos 20 anos do “Vou A Tua Casa”, apresentei a trilogia completa em Helsínquia para/com convidades especiais e em locais únicos: a casa onde vivem a @alina.autio e o @leroycp, o Ihana Kahvila Baari para/com a @i.montalvao, e a minha casa, onde jantaram a @jeminainkeri, a @kaurauda, o @janummela e a @otero_susana (ao vivo e em directo do quintal mais lindo da Rua de Santa Catarina, no Porto)... ❆ ...um mês depois estaria eu, ao vivo e em directo, a difundir um “Vou A Tua Casa (de férias)” para o Festival Paragem da @boia.ac e com o apoio da @prado_ruminante, estendendo toalhas, de mesa e de areia, com espectadorxs a banhos no Algarve (e não só)... ❆ ...o Vou A Tua Casa seria também estudo de caso para a masterclass “Vou A Tua Casa: performatividade, intimidade e documentalidade” que conduzi na @fba.up para xs alunxs do @madepfbaup, e que depois repetiria, em dose dupla, na Escola Secundária José Régio, em Vila do Conde, para o programa ‘Corporalidade, temporalidade e pensamento’, curadoria do @joclecioazevedo para o @circularfestival.
[to be continued...]
#RETROSPECTIVA tautológica
[parte 1 de 3]
...2023 teve estreias (não sei precisar quantas, se alguma; para mim, todas as apresentações são estreias), entre iterações/variações de projectos em andamento, reenactments de peças com mais de 20 anos (também em andamento), períodos de trabalho intenso/intensificado em residência de criação/pesquisa (são sinónimos), ora na minha casa, ora na casa de outres, ora em casas que são de toda a gente, escritos publicados em vários suportes, meus ou curados por outres, textos que são mais “performance” que as performances, ou então as minhas performances é que não passam mesmo de “texto” (riscar o que interessa), uma (co)curadoria muito especial, e um grupo de trabalho/investigação em modo trans-europe express, várias novas colaborações que continuarão a fabricar (e)utopias nos próximos anos, algumas aulas (que são performances e textos e estreias e períodos de trabalho em residência de pesquisa e de criação e são sinónimos, claro), e também uma ou outra cameo appearance, que isto não pode ser sempre “sobre mim”, não é?
Um resumo (des)ordenado:
❆ ❆ ❆
O arranque do projecto @sustainable_stages a convite do @tndmii e em colaboração com a @aida.estela.castro e o @mbogalheiro, que teve a sua primeira apresentação pública no Teatro Jordão (Guimarães) com o título “Ensaio Aberto: Invasão, Imersão, Suspensão”. ❆ A apresentação do segundo episódio da série “Lamento Imenso” no Festival @newtheatrehelsinki, no @svenskateatern (Helsínquia), com a participação especial do @pedrozegrepenim e da @peixinho_da_horta, seguido da panel discussion “Building Bridges: The Diversity and Inclusion in the Performing Arts in Finland and in the Nordics”, no @luckanhelsingfors. ❆ A residência n’ @oespacodotempo para a criação do terceiro episódio da série “Lamento Imenso”, que haveria de ser apresentado no @teatroacademicodegilvicente (Coimbra) no contexto do @festival_citemor, juntamente com a performance-instalação-livro “Missed-en-Abîme”, díptico que abriria oficialmente o macro-projeto RETROSPECTIVA, do qual faz parte tudo o que disse atrás e tudo o que vou dizer a seguir...
[to be continued...]
(IX)
A PERFORMANCE COMO MUSEU
- - -
“Lamento Imenso”. Trabalho intersticial que co-existe, em diálogo e em fricção, com outros trabalhos (quiçá) menos subterrâneos. Inscreve-se num edifício retrospectivo que me encontro a (des)construir desde 2021, quando criei a performance-instalação “Missed-en-Abîme” e o seu livro-doppelgänger “Psicobiografia de um Herói Perdedor”, um ritual teleológico que terminará (pun intended) em 2025, com “Ulysses”. O projecto projecta-se em várias dimensões tecno-emocionais, devindo texto, performance, encontro, terapia, respiração e ex-piração (do verbo pirar), desejo e demissão. Uma peça experimental e experiencial, ao mesmo tempo, e no mesmo tempo: verbal, mental, vernacular, molecular. Stand-Down Tragedy.
~ ~ ~
FOTOS
(em ordem cronológica +ou- decrescente)
1/ “Lamento Imenso | Retrospectiva” - terceiro episódio no @festival_citemor, @teatroacademicodegilvicente, Coimbra, Jul. 2023 [Ph @susanapaiva]
2/ “Lamento Imenso” - residência de criação n’@oespacodotempo (co-produção em residência), Montemor-o-Novo, Abr. 2023
3/ “Lamento Imenso | Helsinki” - segundo episódio no Festival @newtheatrehelsinki, @svenskateatern, Helsínquia, Fev./Mar. 2023 [Ph @wachterq]
4/ “Lamento Imenso” - residência de pesquisa no Palácio do Sobralinho, programa de residências ‘Artistas no Palácio’ da @inestetica.companhia, Vila Franca de Xira, Nov./Dez. 2022
5/ “Lamento Imenso | Montemor” - primeiro episódio no @festival_citemor, Teatro Esther de Carvalho, Montemor-o-Velho, Ago. 2022 [Ph @susanapaiva]
6/ “Lamento Imenso” - residência inaugural no Teatro Esther de Carvalho, @festival_citemor (co-produtor), Montemor-o-Velho, Jul./Ago. 2022
7/ “Lamento Imenso | PACTO” - episódio piloto (texto-instalação-correspondência) para a exposição de @susana.mendes.silva com curadoria de @filipaoliveira_curator, Galeria Municipal de Arte de Almada, Mai./Out. 2022
8/ “Lamento Imenso | Lab” - laboratório de escrita invisível para o ‘Risco da Dança’ do @cem_centroemmovimento, Lisboa, Nov. 2023
9/ “Lamento Imenso” - primeiro mergulho po-mo/cional no Báltico, Seurasaari, Jul. 2022 [Vid @janummela]
#retrospectiva
#pósprodução
(VIII)
A PERFORMANCE COMO MUSEU
- - -
O meu primeiro trabalho profissional como actor aconteceu em 1999, no Teatro da Comuna, numa encenação da Rosa Coutinho Cabral d’ “O Fatalista”, de Denis Diderot. Do elenco faziam parte muitas pessoas que continuo a amar e que foram/são muito importantes para o nascimento/crescimento da minha pessoa artística, entre as quais o enorme João Cabral, o meu primeiro professor (de teatro e de outras coisas importantes sem as quais o teatro deixa de ser teatro). Este blast é from the past, que é como quem diz, é from the future.
#retrospectiva
#pósprodução
(VII)
A PERFORMANCE COMO MUSEU
- - -
“€TRA$H”, uma performance transformada em festa, ou uma festa transformada em performance. A propósito da celebração do Fim do Mundo, que andamos a reactivar todos os anos desde 1999. E a propósito do lançamento (no espaço) do dueto one-hit-wonder Too Limited. A ser sobre alguma coisa, será (sempre) sobre a incapacidade, não é? A promo-pic é do @aantonio.mv e a minha cara-corpo-metade é a @marianatengner. Foi no extinto Edifício AXA/1ª Avenida e no sempiterno @passosmanuel_, em 2013.
#retrospectiva
#pósprodução
(VI)
A PERFORMANCE COMO MUSEU
- - -
“Vou A Tua Casa”, uma performance que consiste no seguinte: eu saio de minha casa e vou ter contigo à tua. O teatro, que é esse sítio onde se vai ver alguma coisa, creio que terei passado por ele no caminho, mas não prestei atenção. O “Vou A Tua Casa” não é literal. É lateral. E as fotografias são da @luisa__casella, numa casa em Lisboa, em 2003.
#retrospectiva
#pósprodução
17 anos separam estas duas fotos. A primeira é de 2006 e foi tirada durante um "Vou A Tua Casa" que fiz para/com um grupo de estudantes do curso de Teatro da @esadcr, na casa onde (alguns) viviam. A performance foi uma de várias que apresentei no contexto do Festival Sonda (Caldas da Rainha), tendo coincidido temporalmente com um seminário de teatro e performance que me encontrava a leccionar na ESAD, a minha primeira e vertiginosa experiência lectiva em contexto universitário; os espectadores desta performance eram, portanto, meus alunos. Recordo-me de ter pensado, a caminho da casa-performance, que o que faria para/com estes alunos-espectadores acabaria por significar um prolongamento, em modo "case study/visita de estudo", das coisas que andávamos a explorar em aula, mas também uma desculpa (esfarrapadamente perfeita) para serem agora os alunos a avaliar o professor. A Daniela Reis foi uma das participantes-avaliadoras presentes, a mesma enfant terrible que, semanas antes, durante a aula de apresentação, me dizia: "Olá, sou a Daniela. Não gosto do teu trabalho". Amor à primeira vista, portanto. Seguiram-se sessões infinitas de batalha campal, mas também de respeito absoluto, de escuta e de cuidado, como deve ser; que às vezes, dizerem-nos que gostam muito de nós e que adoram o nosso trabalho significa muito pouco, pois que aponta para uma temporalidade relacional muito curta: "Ah... Obrigado!..." Pois.
O festival terminou, as aulas também. Meses mais tarde, a vida da Daniela daria um trambolhão descomunal, parecia que nada jamais seria como dantes, mas a enfant manteve-se terrible e terrivelmente resiliente; em 2008, against all odds, estávamos a trabalhar juntos na minha "A Oportunidade do Espectador", com a Daniela a dormir na minha cama (e na minha casa-big-brother), a partilhar vídeos da sua luta diária a tentar apertar os cordões dos sapatos, a virar do avesso o velhinho jogo da realidade-que-é-tão-real-que-até-parece-mentira numa apresentação caótica na Galeria ZDB, entre outras aventuras mais ou menos assustadoras. Se aqueles prémios de "melhor actriz" fossem realmente sérios, a Daniela teria ganho as estatuetas todas... (continua nos comments)
(IV)
A PERFORMANCE COMO MUSEU
- - -
“ACTOR”, um espectáculo de dança que não se parece nada com um espectáculo de dança, mas que é um espectáculo e é dança, só não é “de”. Estreado no programa BoxNova no @ccbelem (Lisboa), 2004. Fotografias de @jose__neves__ na reposição no Hospital Miguel Bombarda (@teatropraga), em 2005.
#retrospectiva
#pósprodução
(III)
A PERFORMANCE COMO MUSEU
- - -
“Espectáculo de Teatro”, um espectáculo de teatro que se parece mesmo com um espectáculo de teatro, mas que não é nem espectáculo nem teatro e muito menos “de”. Apresentado no Auditório Municipal de Vila de Conde (@circularfestival) e no Teatro Taborda (Lisboa), 2008. Fotografia de @jose__neves__ com Rui Ribeiro a falsear um “vídeo para o espectáculo”.
#retrospectiva
#pósprodução
(adj.)
1. A word that is often abused by pseudo-intellectuals.
2. Used to arrogantly display one's own pretentious tendencies by criticising masterly works or people.
3. Evokes strong evidence of hypocrisy in one's nature.
4. A word that, once applied, unfairly destroys artists and their works with one swift and cheap movement of affectation.
5. Anything that precedes tension, either a physical discomfort or an obvious inability/refusal to understand.
6. A word that describes the people that use it.
#retrospectiva
#pre_tension
#twenty23
Ph: “Missed-en-Abîme”, Serralves Museum, 2021
☘️
LAMENTO IMENSO (que este lamento seja imenso)
Dia 4
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“Se cuidas que fugindo d’hum perigo, noutra parte estars doutro seguro, no te deixes levar a ti comtigo.” (Frei Agostinho da Cruz)
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Laboratório de escrita invisível para o Risco da Dança do @cem_centroemmovimento. 30 de outubro a 2 de novembro 2023.
#retrospectiva
#lamentoimenso
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LAMENTO IMENSO (que este lamento seja imenso)
Dia 3
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“E se a existência é apenas uma incessante despedida de si mesma, sobre a sua fuga plana constantemente te a questão: quando é que se vive?”
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Laboratório de escrita invisível para o Risco da Dança do @cem_centroemmovimento. 30 de outubro a 2 de novembro 2023.
#retrospectiva
#lamentoimenso
Recordando a residência que teve lugar n’@oespacodotempo em outubro e que recebeu mais um encontro Es.Col.Az, projeto da @parasita.associacao com direção do @carlos.m.c.s.oliveira, desta vez com a minha curadoria e em diálogo com o projeto MULTIVERSITY, que no próximo ano concluirá 10 anos de investigação num programa especial a acontecer no contexto do @circularfestival em Vila do Conde. No dia 3 de novembro, houve conversa pública no @cem_centroemmovimento em Lisboa. Comigo, com o Carlos e também com a @joanagbraga, a @_fernandaeugenio_, a @lilianacoutinho7 e o @joclecioazevedo.
[Parte 2 de 2]
#multiversidade
#theacademyasperformance
Recordando a residência que teve lugar n’@oespacodotempo em outubro e que recebeu mais um encontro Es.Col.Az, projeto da @parasita.associacao com direção do @carlos.m.c.s.oliveira, desta vez com a minha curadoria e em diálogo com o projeto MULTIVERSITY, que no próximo ano concluirá 10 anos de investigação num programa especial a acontecer no contexto do @circularfestival em Vila do Conde. No dia 3 de novembro, houve conversa pública no @cem_centroemmovimento em Lisboa. Comigo, com o Carlos e também com a @joanagbraga, a @_fernandaeugenio_, a @lilianacoutinho7 e o @joclecioazevedo.
[Parte 1 de 2]
#multiversidade
#theacademyasperformance
Relembrando as sessões de trabalho que conduzi em torno do “Vou A Tua Casa” para o projecto “Corporalidade, temporalidade e pensamento”, programa do @circularfestival organizado pelo inigualável @joclecioazevedo. Com uma componente expositiva-performativa, as aulas foram oferecidas a duas turmas da Escola Secundária José Régio, em Vila do Conde, desenhando-se a partir de três eixos (des)estruturantes: performatividade, intimidade e documentalidade. Este exercício pedagógico-experimental (a escola, ou a sala de aula, “como” performance) continuará em 2024, em Vila do Conde e noutros sítios (dentro, fora e à porta da escola).
#retrospectiva
#vouatuacasa
Foram precisos 20 anos para que estas duas imagens se reconhecessem num mesmo plano espácio-temporal. Trata-se de um dos primeiros Vou A Tua Casa que fiz, algures entre Agosto e Setembro de 2003, em casa da/para a @selmacifkacalapez, em Lisboa. Devido a um lapso de catalogação, a segunda foto foi co-existindo, sem referência, dentro do imenso arquivo material do projecto, junto com tantas outras que me foram sendo enviadas por espectadorxs ao longo dos anos. Durante esse tempo, e sempre que me permitia a revisitar/reactivar o arquivo, fui fantasiando sobre o contorno relacional daquele momento resgatado a um tempo sem rosto; quem estaria do outro lado da precária cortina de papel? Olhava para as outras fotos que tinha de espectadorxs a fotografarem-me (com ou sem câmara fotográfica), como que esperando que uma evidência semiótica me pudesse devolver a legenda em falta, ou como se literatura comparada pudesse de facto servir para alguma coisa... Só que nem studium, nem punctum, nem nada; só obscuridade. Até que este ano o reencontro das duas memórias se materializa durante a preparação de uma masterclass que conduzi na @fba.up em diálogo com o Mestrado em Arte e Design para o Espaço Público (@madepfbaup). Com o título "Vou A Tua Casa: performatividade, intimidade e documentalidade", a masterclass foi o contexto (público) mais-que-perfeito para o exercício de revelação de um arquivo que se re-escreve e se re-organiza de cada vez que é (re-)olhado. Mostrei à Selma a foto da Selma a fotografar-me e ela devolveu-me o seu reverso (mais ou menos) especular, (mais ou menos) coincidental. Alguns segundos separam, no tempo da performance, os dois momentos captados; intensificadas pela fotografia, as duas memórias parecem estar muito perto uma da outra, quase se tocando, quase coincidindo, só que não. É justamente nesse espaço/tempo "quase" que o Vou A Tua Casa acontece, existe, devém. Como se fosse possível provocar coincidências. Abrir um livro ao calhas retirado de uma estante que nunca vimos e ler uma passagem aleatória que "coincidentemente" nos fala de coincidências. Parece mesmo verdade? Quase...
( continua nos comments… )
🌱🌱🌱
Fui ao REFEITÓRIO da @joanabarrios falar do @_chefro, ou se calhar o Chef Rø é que foi ao REFEITÓRIO da Joana Barrios falar do Rogério Nuno Costa; desconfio que, às tantas, foi mais um entrelaçamento quântico de ambos que se deslocou ao REFEITÓRIO para falar desse gesto iniciático chamado “Vou A Tua Casa”, a massa-mãe que deu origem ao Chef Rø, ao Rogério Nuno Costa e a todas as coisas que desde 2003 os inquietam e desassossegam. Tudo o que criaram e apresentaram, com ou sem comida à mistura, terá sido sempre sobre o muito que é possível fazer a partir do mínimo que é possível ter (e ao contrário). Rare-fazer, portanto, assim intensificando esse tempo-espaço raro que é estar com as pessoas, o mais perto possível, e disso fazer arte (povera’zinha, mas ainda assim arte). Que tal como a comida, também o encontro é efémero; e as melhores performances, tal como as melhores sopas Alentejanas, são feitas de três ingredientes apenas: eu, tu e aquela matéria-entre-nós que não é possível nomear. O "resto", a existir, não passa de food design...
;)
Grato por estes 45 minutos de conversa selvagem, a falarmos de boca cheia sobre tudo, incluindo o tudo que ficou por dizer. Fiquei inspirado para a (re)escrita retrospectiva da minha prática gastro-performativa à luz da ideia de escassez e de rarefação. Tarefa hercúlea (estou rarefeito ao bife!), mas que há-de resultar numa qualquer coisa comestível lá para 2025... Um livro de røceitas, por exemplo. Ou um Rarefeitório™. Já tenho slogan: primeiro come-se, depois experimenta-se (wink wink).
👂👂👂
Procurem o Refeitório no Spotify e no RTP Play.
💘
Menções muito honrosas: @ceubarros @oespacodotempo @teatropraga @peixinho_da_horta @boia.ac @alkantaralisboa @circularfestival + Patrícia da Silva e Olavo Virta
Foto @janummela (GROSS’RY STORE, 2018)
#vouàtuamesa
🌈
ENCONTRO-CONVERSA ES.COL.AZ com Rogério Nuno Costa e o projeto MULTIVERSIDADE. Hoje, às 18:30, no @cem_centroemmovimento, em Lisboa.
🌿
Es.Col.Az é uma rede de artistas que nos últimos anos foram responsáveis pela concepção e realização de cursos independentes de artes performativas em Portugal, com vista à problematização das relações de poder/saber em contextos de aprendizagem e produção de conhecimento, tendo o corpo e o coletivo como focos.
🌱
Retrospetivando e concluindo a prática investigativa que tem ocupado Rogério Nuno Costa desde 2015, em projetos para-académicos que co-existem nas interseções entre Arte, Ciência, Filosofia e Cultura Pop, MULTIVERSIDADE propõe a produção, apresentação e problematização de um discurso especulativo e “pós-ficcional” que ambiciona a previsão do futuro da Universidade através do exercício queer da falha, enquanto dispositivo de resistência a modos hegemónicos de produção e transmissão de conhecimento. O projeto tem vindo a materializar-se em modelos de trabalho essencialmente investigativos e laboratoriais, em parceria com festivais, estruturas de formação independentes e instituições académicas em Portugal, Alemanha, Países Baixos, Roménia, Finlândia e Canadá. Em 2021, o manancial de informação foi condensado numa palestra-performance apresentada enquanto tese académica (ou o seu infinito abstract); a performance inauguraria um novo andamento para o projeto, que durante o biénio 2023-24 se desdobrará numa série de encontros preparatórios para a edificação temporária e precária de uma meta-academia a acontecer no contexto do @circularfestival (2024). Após um encontro-residência n’@oespacodotempo uma task force de artistas-pensadorxs-investigadorxs propõe-se a discutir com que meios, modos, métodos e operações podemos/queremos construir uma universidade “de múltiplos” em terreno movediço, uma academia-enquanto-performance, mais ou menos nómada, mais ou menos periférica, estudando modelos ex-titucionais de partilha de conhecimento e elencando colaborações, contextos e parcerias.
🍀
Participantes: @carlos.m.c.s.oliveira, @_fernandaeugenio_, @joanagbraga, @joclecioazevedo, @lilianacoutinho7 e Rogério Nuno Costa.
🖤
LAMENTO IMENSO
Laboratório com Rogério Nuno Costa para o programa Risco da Dança. De 30 Outubro a 2 de Novembro, das 11:00 às 16:30, no @cem_centroemmovimento
🌱
Falemos sobre o que correu mal. Fala-se muito pouco sobre o que corre mal. Ou o que não corre, sequer; o que caminha tão devagar que parece estar sempre no mesmo lugar. Falemos de tudo o que ficou por dizer, ou o que não deu para fazer, ou o que não devia ter sido dito/feito. O que se esqueceu, oprimiu, censurou, obstruiu, interrompeu. O que não nos deixaram dizer/fazer, ou o que não fomos capazes sequer de começar. Proponho escrevermos a (des)autorizada psicobiografia das nossas perdições, revelarmos o negativo da Vida, desaparecermos. Ou então calarmo-nos. Que às vezes, “para escaparmos a um lugar, o melhor é deixarmo-nos ficar nele” (Enrique Vila-Matas, in “O Jovem Tombado”, El País, 2012). Um laboratório para a escrita de cartas de amor que são cartas de despedida ou então de cartas de despedida que são cartas de amor. Ao mesmo tempo: “Lamento imenso que este lamento seja imenso”. Vamos começar por ler o conto de Vila-Matas para depois penetrar na “Estética do Silêncio” da Susan Sontag, e a seguir, seguir; que é como quem diz, praticar o impraticável. Este encontro será o nosso exílio; prometo que ficará entre nós! Incluo este momento de escrita/leitura/lamentação no conjunto de atividades que este ano e até 2025 darão forma a um projeto documental intitulado RETROSPECTIVA, com vista a assinalar, mais crítica que celebratoriamente, os 20 anos desde a estreia do conjunto de performances em espaços inusitados “Vou A Tua Casa” (2003). “Lamento Imenso” é também o título da performance epistolar que estrearei em 2024; materiais escritos, lidos, sonhados e provocados neste laboratório farão parte da performance.
🌱
Mais informações e inscrições:
21 8871763 - 91 9708336
🌱
Imagem: Jaime Culebro
Começou na segunda-feira e estende-se até sábado mais um encontro Es.Col.Az, projeto da @parasita.associacao com direção do @carlos.m.c.s.oliveira, desta vez n’@oespacodotempo, com a minha curadoria e em diálogo com o projeto MULTIVERSITY, que no próximo ano concluirá 10 anos de investigação num programa especial a acontecer no contexto do @circularfestival em Vila do Conde. No dia 3 de novembro, haverá conversa pública no @cem_centroemmovimento em Lisboa. Comigo, com o Carlos e também com a @joanagbraga, a @_fernandaeugenio_, a @lilianacoutinho7 e o @joclecioazevedo.
❤️
#multiversidade
#theacademyasperformance
🌱
Amanhã e depois, na Escola Secundária José Régio, em Vila do Conde, irei conduzir uma sessão de trabalho em torno do “Vou A Tua Casa” a partir de três eixos (des)estruturantes: performatividade, intimidade e documentalidade. As duas aulas/intervenções acontecem no contexto do projecto “Corporalidade, temporalidade e pensamento”, programa do @circularfestival organizado pelo inigualável @joclecioazevedo!
❤️
Esta ação enquadra-se no segmento meta-educacional do projeto #RETROSPECTIVA que, ao longo deste ano e do próximo, desdobra o arquivo de 20 anos do “Vou A Tua Casa” numa série de novas elaborações discursivas, performáticas, documentais e pedagógicas.
Mais em breve e/ou neste sítio:
www.rogerionunocosta.com/retrospectiva
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Foto: “A Academia enquanto Performance”, by @janummela
#retrospectiva
#vouatuacasa
#vouatuaescola
🫧
Amanhã vou estar na @fba.up a conduzir uma masterclass (seguida de um exercício duracional) no contexto do Mestrado em Arte e Design para o Espaço Público (@madepfbaup). Intitulada "Vou A Tua Casa: performatividade, intimidade e documentalidade", esta ação inaugura um novo segmento do macro-projeto #RETROSPECTIVA que, ao longo deste ano e do próximo, desdobra o arquivo de 20 anos do “Vou A Tua Casa” numa série de novas elaborações discursivas, performáticas, documentais e pedagógicas.
Mais em breve e/ou neste sítio:
www.rogerionunocosta.com/retrospectiva
~~~
Obrigado @aida.estela.castro e Gabriela Vaz-Pinheiro pelo convite. Foto: @jo3e_n3v3s (“No Caminho”, 2005)
#voutuacasa
#vouatuaescola
#the_academy_as_performance
Faz anos o @teatropraga. Faz anos a @ruadasgaivotas6. Fazemos anos todes por termos o Teatro Praga e a Rua das Gaivotas 6. Faz anos também uma das minhas famílias maiores. Obrigado @cgardens, @pedrozegrepenim, @andre_e_teodosio, Patrícia, Zé Maria, @catarinacampino e muites/tantes outres, por terem adotado este menino perdido num palco gigante. Que seja sempre (de) Amor.
💛💙
[a imagem é um crop do programa do "Avarento ou a última festa" no TNSJ, em 2007; creio que a foto seja do João Tuna]
🖤
About the premiere of RETROSPECTIVA last July in @teatroacademicodegilvicente (Coimbra, Portugal) within the context of @festival_citemor. Pictures taken by @susanapaiva (1 to 4) and João Duarte (5 to 6) during the general rehearsal of the performance’s ‘Act II: Lamento Imenso’. RETROSPECTIVA will continue this month with several activities including masterclasses, labs, re-enactments and writings. ‘Lamento Imenso’ will have its full premiere next year.
More:
rogerionunocosta.com/retrospectiva
#retrospectiva
#lamentoimenso
🌘🌑🌒
About the premiere of RETROSPECTIVA last July in @teatroacademicodegilvicente (Coimbra, Portugal) within the context of @festival_citemor. Outstanding pictures taken by the incredible @susanapaiva during the general rehearsal of the performance’s ‘Act I: Missed-en-Abîme’. To be continued…
More:
rogerionunocosta.com/retrospectiva
#retrospectiva
#missed_en_abime
🌿🍀
About the premiere of RETROSPECTIVA last July in @teatroacademicodegilvicente (Coimbra, Portugal) within the context of @festival_citemor. Pictures taken by © João Duarte during the general rehearsal of the performance’s ‘Act I: Missed-en-Abîme’. To be continued…
More:
rogerionunocosta.com/retrospectiva
#retrospectiva
#missed_en_abime
Uma década desde a primeira estreia da conferência-performance TERCEIRA VIA™, que criei como resultado da minha participação no projecto "Cuidados Intensivos", curadoria brilhante do @joclecioazevedo para o @circularfestival de 2013. A peça foi construída para habitar uma exposição arquivística com vários artefactos e memorabilia do meu percurso até então, instalada na @solar_galeria durante as semanas do festival. Tratava-se de um mero apontamento discursivo (cerca de 20 min.) apresentado em jeito de manifesto político sustentado numa promessa de fuga; mais um gesto de desistência performativa, portanto. Deveria ter terminado ali, no meio do meu lixo polido e devidamente etiquetado. Contra todas as expectativas, a peça acabaria por crescer, em duração e em intensidade conceptual-dogmática, tendo sido apresentada muitas vezes nos anos seguintes: Lisboa (3 vezes), Porto (2 vezes), Coimbra, Santarém, Sintra, Vila Nova de Gaia, Funchal, Joane, Braga, Guimarães, Bucareste, Espoo e Helsínquia. Foi esta a peça que me fez cumprir a segunda de 3 "passages à l'acte" geo-emocionais; três anos antes havia saído de Lisboa porque Lisboa já havia saído de mim; três anos depois sairia do Porto (idem) a caminho da finnisterra prometida. Pode parecer um exagero tragicómico (e se parece, às tantas até é), mas esta peça salvou-me — a vida e a arte —, numa altura muito complicada do meu percurso em que não havia meio nem virtude de a vida e a arte se entenderem. Não sei se voltarei a apresentar a TERCEIRA VIA™, mas sei que dez anos depois, vida e arte encontram-se novamente naquela fase demente do "não és tu, sou eu". Vocês dizem que são ciclos; eu digo que esses ciclos são básicos. Ou então preciso (precisamos?) de um tempo... Mas não se preocupem, a terceira de três "passages à l'acte" está quase a chegar...
Até lá, deixo-vos com AESTH(ETHICS, o (sub-)texto que escrevi para o catálogo do “Cuidados Intensivos”. Podem lê-lo em: medium.com/@rogerioncosta
Obrigado Joclécio!
~~~
[E obrigado André Miguel (@lisboetaitaliano), onde quer que estejas, pelas imagens + lindas jamais captadas à Terceira Via™. Foi na @ruadasgaivotas6, um lugar mágico que também me salvou muitas vezes...]
🪵🔥🌿
Muito obrigado a todes es espectadores que embarcaram comigo na casa-barco-à-deriva que ontem e hoje zarpou 10 vezes da praia do Carvoeiro a caminho de uma casa-sauna em Rauma, na Finlândia, com várias paragens higiénicas em cidades costeiras onde já fomos/vamos sendo felizes. Belos e refrescantes choques térmicos que não teriam sido possíveis sem o apoio incondicional da @boia.ac e da @prado_ruminante. Obrigado @nelsonguerreiro, Filipa e @peixinho_da_horta. Obrigado @janummela, @nummelapia e Pertti. Rejuvenesci muitos anos depois de tantas transpirações interrompidas por aromáticas flagelações de bétula e duches gelados. E oxidantes tartes de mirtilos, claro. O segredo está em não parar de respirar; e lembrarmo-nos disso. Uma “paragem”, portanto…
😉
Esta versão tele-duracional do Vou A Tua Casa foi criada propositadamente para o Paragem deste ano e terá a sua tautológica estreia, em regime presencial-emocional, na edição de 2024 do festival. Até lá, muitas coisas bonitas irão acontecer dentro do guarda-sol (que em breve será guarda-chuva e depois guarda-neve) ao qual chamo de #RETROSPECTIVA. Podem acompanhar as várias rotações interestelares em:
www.rogerionunocosta.com/retrospectiva
Näkemiin!
Até breve!
⛄️
Vou A Tua Casa (de férias)
Teleperformance (duracional) de Rogério Nuno Costa em colaboração com a @prado_ruminante para o Festival Paragemc 2023 da @boia.ac
Manual de Instruções:
1. Escolha o dia/hora em que quer assistir a "Vou A Tua Casa (de férias)". Nos dias 23 e 24 de setembro, haverá sessões a começar às 14:00, 14:20, 14:40, 15:00, 15:20, 15:40, 16:00, 16:20, 16:40, 17:00, 17:20 e 17:40. A performance tem a duração de 15 minutos.
2. Escolha o local onde quer estar durante a performance: pode ser em casa, no jardim, na esplanada, na praia, no carro ou no barco, parado/a ou em andamento. Seja onde for, uma boa ligação à Internet é essencial.
3. Envie uma mensagem por escrito para o WhatsApp de Rogério Nuno Costa (+351-916409998) com o seu nome, endereço de e-mail e a data e hora preferenciais. Espere pela confirmação.
4. No dia/hora da performance, aguarde pela chamada. Pode escolher ligar a sua câmara ou não. A performance terá áudio e vídeo, por isso, e consoante o nível de ruído no local onde vai estar, poderá ser aconselhável o uso de auriculares.
5. A performance está construída para ser experienciada numa relação de um-para-um, ou seja, um/a espectador/a de cada vez (ou um/a espectador/a por telemóvel/ecrã). Se estiver na companhia de amigos/as ou familiares igualmente interessados/as na performance, partilhe os seus contactos na mesma mensagem; será criado um grupo que poderá assistir à mesma performance, desde que cada elemento tenha o seu próprio telemóvel/ecrã e auriculares.
6. Devido à natureza duracional da performance e o curto espaço de tempo entre cada sessão, marcações só poderão ser aceites até às 13:30 do dia 23 de setembro. Marcações recebidas depois desse horário serão propostas para uma das sessões do dia 24 de setembro.
[Ph © Jimo Culebro, Helsinki, 2018]
#retrospectiva
#vouatuacasa
⛄️
Vou A Tua Casa (de férias)
Teleperformance (duracional) de Rogério Nuno Costa em colaboração com a @prado_ruminante para o Festival Paragem 2023 da @boia.ac
Manual de Instruções:
1. Escolha o dia/hora em que quer assistir a "Vou A Tua Casa (de férias)". Nos dias 23 e 24 de setembro, haverá sessões a começar às 14:00, 14:20, 14:40, 15:00, 15:20, 15:40, 16:00, 16:20, 16:40, 17:00, 17:20 e 17:40. A performance tem a duração de 15 minutos.
2. Escolha o local onde quer estar durante a performance: pode ser em casa, no jardim, na esplanada, na praia, no carro ou no barco, parado/a ou em andamento. Seja onde for, uma boa ligação à Internet é essencial.
3. Envie uma mensagem por escrito para o WhatsApp de Rogério Nuno Costa (+351-916409998) com o seu nome, endereço de e-mail e a data e hora preferenciais. Espere pela confirmação.
4. No dia/hora da performance, aguarde pela chamada. Pode escolher ligar a sua câmara ou não. A performance terá áudio e vídeo, por isso, e consoante o nível de ruído no local onde vai estar, poderá ser aconselhável o uso de auriculares.
5. A performance está construída para ser experienciada numa relação de um-para-um, ou seja, um/a espectador/a de cada vez (ou um/a espectador/a por telemóvel/ecrã). Se estiver na companhia de amigos/as ou familiares igualmente interessados/as na performance, partilhe os seus contactos na mesma mensagem; será criado um grupo que poderá assistir à mesma performance, desde que cada elemento tenha o seu próprio telemóvel/ecrã e auriculares.
6. Devido à natureza duracional da performance e o curto espaço de tempo entre cada sessão, marcações só poderão ser aceites até às 13:30 do dia 23 de setembro. Marcações recebidas depois desse horário serão propostas para uma das sessões do dia 24 de setembro.
[Ph © Jimo Culebro, Helsinki, 2018]
#retrospectiva
#vouatuacasa
O programa da edição deste ano do PARAGEM (práticas artísticas contemporâneas em época balnear), iniciativa singular da @boia.ac, arranca hoje. Eu encontro-me a balnear noutra longitude, mas não deixarei de estar presente (ou deveria dizer ausente?), com uma versão tele-duracional do Vou A Tua Casa, para o efeito re-intitulado “de férias”, a acontecer nos dois últimos dias do festival (23 e 24 de setembro), entre as 14:00 e as 18:00. A pele já está devidamente preparada para o choque térmico que será este entrelaçamento quântico entre o Golfo da Bótnia e o Barlavento Algarvio. Já só faltam as pálpebras, a ponta dos dedos que uso para digitar, e uma ou duas sinapses do sono. Manual de instruções completo em: www.vouatuacasa.blogspot.com
Bons mergulhos!
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#vouatuacasa
#retrospectiva
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Novidades fresquinhas (que na Finlândia já é Outono), com um pé no Báltico e o outro nas águas veraneantes de Portugal. Vou a tua casa (de férias) para a transformar numa multiversidade e, contigo, retrospectivar: "Lamento imenso que este lamento seja imenso." Que é como quem diz: "Temos que falar!"
Boas entradas:
https://www.rogerionunocosta.com
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“Vou A Tua Casa (de férias)", tele-performance duracional de Rogério Nuno Costa em colaboração com a @prado_ruminante e @boia.ac para o Festival Paragem 2023.
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Após a residência de pesquisa que teve lugar no Festival Paragem de 2022, Rogério Nuno Costa propõe, para a edição de 2023, a partilha de uma versão remota e experimental da sua performance “Vou A Tua Casa” (2003), numa derivação veraneante – para o efeito re-intitulada ‘de férias’ – difundida a partir da Finlândia mas com ligação directa (e em directo!) ao barlavento algarvio. A performance constrói-se a partir da experiência realizada no seio do projeto “Consultório Turístico” – agência de viagens trans-planetárias da iniciativa da @prado_ruminante – inaugurado durante o primeiro lockdown de 2020. Através de uma simples chamada WhatsApp, espectadores-banhistas, cansades das obrigações impostas pelo lazer über-planeado, polido e higienizado dos tempos modernos, terão aqui a oportunidade única de serem resgatados para uma praia secreta no Golfo da Bótnia, onde poderão dedicar-se, sem culpas e longe do escrutínio social-mediático, à prática indisciplinada e diletante do aborrecimento, da preguiça e da inação. Um mergulho introspectivo e um desafio à libertação através do choque térmico-conceptual: uma poética do ócio enquanto lugar ao mesmo tempo crítico e lúdico, onde a noção de lazer é substituída, em jogo (semântico e não só) pela noção de repouso. “Vou A Tua Casa (de férias)” terá a sua derradeira e tautológica estreia, em regime presencial-relacional, na edição do Festival Paragem de 2024.
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Para usufruir deste entrelaçamento quântico entre o Algarve e o Báltico, espectadores do Paragem (Carvoeiro, Ferraguro e estâncias balneares adjacentes) só terão que marcar uma das horas disponíveis e ligarem-se a Rogério Nuno Costa via WhatsApp. A viagem-power-nap terá a duração de cerca de 15 minutos.
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23 e 24 de setembro, entre as 14:00 e as 18:00 (hora de Portugal continental). Para mais informações sobre como participar, seguir a @boia.ac !
🍀
Performance incluída no macro-projecto “Retrospectiva (2003-2023)”.
Mais:
www.rogerionunocosta.com/retrospectiva
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Beautiful memories from the second of three presentations of my lecture-performance MULTIVERSITY, this year within the context of universities, art schools and artistic research independent programmes. Pictures taken by © Elsa Marques during the extraordinary event FOGO DE CAMPO, curated by @visoes_uteis in collaboration with @jobraedu (performing arts professional school in Centro Cultural da Branca, Portugal). Beautiful post-performance conversation with the theatre and dance students as well. Happy days!
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#multiversity
#the_academy_as_performance
Nem minimalismo, nem maximalismo; nem concretismo, nem abstracionismo; nem realismo, nem surrealismo; nem futurismo, nem passadismo; nem formalismo, nem conceptualismo; nem re-modernismo, pós-modernismo, hyper-modernismo ou alter-modernismo; nem cinismo, didatismo, desconstrutivismo, sintetismo, simbolismo, psicadelismo, fantasismo, neo-primitivismo, pós-europeísmo ou über-internacionalismo. O único -ismo que abraço (toda a gente o sabe, mas nem toda a gente o diz) é o PRETENSIOSISMO! Pronto, podem mandar carimbar.
#rogerthat
[Photo: ‘RETROSPECTIVA’, @susanapaiva, no @festival_citemor, no @teatroacademicodegilvicente, julho 2023]
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Beautiful memories from the first of three presentations of my lecture-performance MULTIVERSITY, this year within the context of universities, art schools and artistic research independent programmes. Pictures taken by © Pedro Rosa (@prosa_online) during the extraordinary event SEMINÁRIO/seminarium _curated research_the academy as medium: THE ONGOING LECTURE, curated by @anarito.ar for the Biennale of Culture and Education 2023 in @ucoimbra’s Colégio das Artes. On the same day, the #84 issue of @umbigomagazine was launched, featuring a MULTIVERSITY special with words by me and artwork by @janummela. Happy days!
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#multiversity
#the_academy_as_performance
A terceira e última parte do “Vou A Tua Casa” estreou no Festival @alkantaralisboa (2006), na casa onde vivia na altura, na Rua do Passadiço. Uma casa em construção, um laboratório onde se testavam os contornos da privacidade e da intimidade (a minha e a dxs espetadorxs), uma casa que era estúdio ou um estúdio que era casa. A promessa de uma temporalidade quase-infinita ("E se ficássemos aqui para sempre?"), atravessada pela trágica evidência de que qualquer encontro é sempre temporário; ainda não aconteceu e já é memória. Sobre a precariedade de todos os objetos, gestos e palavras. E sobre o embaraço público de pedir desculpa e pedir ajuda, ao mesmo tempo, e fazer disso tese e discurso inacabados. Como as paredes daquela casa, com as entranhas à mostra, metade por pintar, as divisões separadas por camadas de cartão, os quadros presos a fita-cola, um projetor de vídeo pousado em cima de um escadote, latas de tinta a servir de suporte de copos e talheres, projetos que mal começaram, livros interrompidos a meio, uma relação a aproximar-se do fim. Ah, e a comida, claro, a única arte verdadeiramente efémera, que acabaria por se transformar (contra a minha vontade, confesso) no ‘objeto’ central do LADO C. Para quem prefere seguir o 'alter' em vez do 'ego': foi aqui que nasceu o @_chefro.
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À mesa, discutia-se o próprio encontro, refletia-se sobre a razão de estarmos ali e não noutro sítio qualquer. Falávamos de nós, da nossa história, da nossa vida, enquanto cozinhávamos e enquanto comíamos. Das três versões do “Vou A Tua Casa”, o LADO C foi a que acabou por ser apresentada mais vezes ao longo dos anos, em espaços que, não sendo a minha casa, fizeram as vezes de. Dezassete anos depois, o LADO C regressa pela primeira vez à casa onde 'efetivamente' vivo, só que noutra cidade, noutro país. Noutro corpo também. O reenactment celebratório (o último de 3) irá acontecer na próxima quarta-feira, pelas 18:30 (UTC+02:00), no número 7 da Vetehisenkuja, em Helsínquia, para xs espetadorxs-convidadxs @janummela, @kaurauda e @jeminainkeri. A trilogia completa será reposta em território português em 2024. Mais detalhes em breve!
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(post completo no FB do costume)
Esta foto tem 10 anos. Na primeira semana de Setembro de 2013, eu e a @susana.mendes.silva passámos "uma tarde" a partilhar (e a preguiçar) intimidades com xs participantes do encontro "InDirecções Generativas" organizado pelo Baldio n'@oespacodotempo; o encontro-enquanto-performance aconteceu em vários espaços de Montemor-o-Novo, propondo leituras, observações, visitas guiadas, prova de licores, sestas coletivas, passeios a passo lento, escrita de textos auto/bio/gráficos, entre outras intensidades pessoais e intransmissíveis. Foi este um de muitos encontros que desde sensivelmente 2010 nos têm aproximado, interrogando as nossas práticas (e também as nossas teóricas!), abrindo possibilidades infinitas de reflexão sobre a performatividade do/no espaço íntimo. Também da nossa insistência em conversar, escrever-conversando, corresponder-nos por carta, e-mail, skype… Nesses encontros, a memória do “Vou A Tua Casa” é uma constante moeda de troca; fez parte da investigação de doutoramento da Susana, serviu de case study para muitas das nossas conversas e acabou por ser re-ativado, em 2018, na sua versão performance-jantar para o Colóquio Performance e Intimidade organizado pelo Núcleo de Investigação em Estudos Performativos (CEHUM), em Guimarães. Nesse reenactment, a Susana foi a artista que convidei para ocupar 5 minutos da performance com o que ela quisesse; uma dança agarradinha ao som de uma música dos Duran Duran foi a síntese mais-que-perfeita para uma década de colaborações e de amizade. Dessa colisão brotaria mais um encontro textual-epistolar intitulado "All alone ain't much fun so you're looking for the thrill", recentemente publicado no livro "Artes Performativas e Intimidade" pela Coleção Olhares (Imprensa da Univ. de Coimbra). Podem lê-lo aqui:
http://books.uc.pt/book?book=1284
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Entretanto já cruzámos mais vontades, lamentos (imensos) e outras utopias. Mas sobre isso falarei noutra ocasião, até porque hoje é o aniversário da Susana e desconfio que ela não deva estar com tempo para ler os meus posts intermináveis. O “Vou A Tua Casa” faz 20 anos; eu e a Susana fazemos 10 (ou mais). Continuaremos a celebrar!
#retrospectiva
#vouatuacasa
🍀🇫🇮
Hoje é o segundo dia de um evento multidisciplinar e multiversal que ajudei a co-pensar, co-criar e co-curar com um coletivo igualmente multidisciplinar e multiversal de pessoas-artistas. Oito no total. Sem chefes, sem hierarquias, sem imposição de ego-estilos, sem buzzwords do politiquês cultural-concursal, sem “temáticas”, sem processos administrativos, sem percursos profissionais avaliados à décima. Só confiança, transparência e muito amor. Artistas a cuidar de artistas. Eu sei que sou “um crente” (como se diz na minha terra), mas acho mesmo que era assim que deveria ser. Sempre.
#esitysteltta
#performancetent
🍀🍀
O “Vou A Tua Casa” faz 20 anos. No final de 2004 estreava a segunda parte da trilogia, sub-intitulada "No Caminho", no contexto do Festival A8, organizado pela Transforma, em Torres Vedras, tendo depois seguido, durante todo o ano de 2005, para Lisboa (onde vivia) e para variadíssimos outros lugares por onde fui passando, às vezes ficando, sonhando. Na próxima quinta-feira, pelas 15:30 (hora finlandesa), vou sair de minha casa em Vetehisenkuja a caminho da casa da @i.montalvao, em Kirstinkatu. A Inês também vai sair de sua casa em Kirstinkatu a caminho da minha em Vetehisenkuja. Mas nenhum de nós vai chegar a tempo; encontrar-nos-emos no meio. A caminho. E agora?
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"Entre a tua casa – onde estive –, e a minha – onde gostava que pudesses estar –, existe um ponto no meio. Um ponto a caminho. No caminho. Se me apanhares aí, nesse sítio, poderei então contar-te o segredo, desmascarar tudo, e desmascarar-me. Nesse sítio impossível onde é possível respirarmos os dois ao mesmo tempo, quero pertencer ao teu mundo. De forma definitiva e perdida. Não interessa o resto. Interessa o que eu tiver para te contar, nesse instante, e o que tu quiseres que eu elimine de mim. Deitarei fora tanto da minha vida real quanto a tua vontade de ver um espectáculo ditar. E depois será para sempre. Até me fartar. Até te fartares. E a coisa morrer de acordo com as leis naturais do universo. Todas." [Rogério Nuno Costa por email, 2005]
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Será este o segundo de 3 reenactments celebratórios a acontecer na Finlândia, em jeito de arranque para uma série de reposições especiais que a partir de Setembro e durante 2024 viajarão para outras geografias. A performance de hoje será pessoal e intransmissível, como o “Vou A Tua Casa” sempre foi, mas alguns dos seus segredos serão posteriormente desvendados no velhinho blog documental que este ano decidi re-abrir: vouatuacasa.blogspot.com
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"Vou A Tua Casa é uma trilogia teatral que tem a forma de um percurso geo-emocional no mapa de uma cidade: o Ponto A é a tua casa, o Ponto C é a minha, o Ponto B é aquele sítio impossível onde por ti sou apanhado no meio."
Mais:
www.rogerionunocosta.com
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Artwork @janummela
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O “Vou A Tua Casa” faz 20 anos. Em 2003, vivia em Lisboa; fui a casa de 71 pessoas que viviam em Lisboa, encontrei-me com outras 26 em espaços públicos de Lisboa e, no fim, 35 vieram à casa onde vivia, em Lisboa. Em 2023 vivo em Helsínquia, o meu corpo pesa mais 15 quilos, o défice de atenção também, a falta de noção é a mesma (mais com mais referências bibliográficas). Já não sei como se faz o “Vou A Tua Casa”, mas em 2003 também não sabia. Hoje vou sair de minha casa em Vetehisenkuja, apanhar o metro na estação de Hakaniemi a caminho de Itäkeskus, para fazer o “Vou A Tua Casa” na casa da @alina.autio e do @leroycp em Kääpiöidenpolku, dois espetadores especiais que em Fevereiro deste ano vieram assistir à minha performance retrospetiva "Lamento Imenso | Helsinki" no Svenska Teatern, no contexto do festival @newtheatrehelsinki. Amor com amor se paga, diria eu em 2003 (adágio que é o meu sinónimo para “política cultural"). Continuo sem saber… Será este o primeiro de três reenactments celebratórios a acontecer na Finlândia, em jeito de arranque para uma série de reposições especiais que a partir de Setembro e durante o ano de 2024 viajarão para outras geografias. A performance de hoje será pessoal e intransmissível, como o “Vou A Tua Casa” sempre foi, mas alguns dos seus segredos serão posteriormente desvendados no velhinho blog documental que este ano decidi re-abrir: www.vouatuacasa.blogspot.com
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"Vou A Tua Casa é uma trilogia teatral que tem a forma de um percurso geo-emocional no mapa de uma cidade: o Ponto A é a tua casa, o Ponto C é a minha, o Ponto B é aquele sítio impossível onde por ti sou apanhado no meio."
Mais:
www.rogerionunocosta.com/vouatuacasatrilogia
www.rogerionunocosta.com/retrospectiva
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Artwork © @janummela
#vouatuacasa
#retrospectiva
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VOU A TUA CASA
Primeira parte daquilo que viria a ser uma trilogia, ou o primeiro passo (em falso) daquilo que viria a ser um projeto de vida. Estreou há 20 anos, no dia 15 de Agosto de 2003, em Lisboa.
Mais:
rogerionunocosta.com/vouatuacasatrilogia
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Imagem promocional © @luisa__casella
#RETROSPECTIVA
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RETROSPECTIVA
∞ 2003-2023 ∞
Three-year long project that marks, in a more critical than celebratory manner, the 20th anniversary since the premiere of my tryptic of performances for unusual spaces “Vou A Tua Casa” (2003), as well as the educational, curatorial, academic and gastronomic projects that followed. The program includes reenactments, experimental laboratories, artist talks, the publication of two books and a new series of 3 performance pieces, created and presented on/for the theatre's stage, all suggesting the rewriting of a memorial narrative around the accidentality of a journey through the queer exercise of failing, lacking and becoming invisible. The launching of the program took place in July 2023 as part of Festival Citemor (in co-production with TAGV - Teatro Académico Gil Vicente (Coimbra), with the full presentation of “Part 1: Missed-en-Abîme” (stage version of the performance-installation premiered in 2021 within the museum context) followed by an introductory study for “Part 2: Lamento Imenso”, whose official premiere will happen in 2024. The artist book "Psychobiography of a Heroic Loser” was also made available. The trilogy will be completed in 2025 with “Part 3: Ulysses”.
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FULL PROGRAM soon to be published in:
rogerionunocosta.com/retrospectiva
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Artwork © @janummela
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Acusam-me de fazer peças monótonas que repetem sempre o mesmo "cenário" - uma mesa, uma cadeira, um computador e eu sentado com uma projeção na parede -, mas tal não é verdade. Por exemplo: no 'LADO C' estou sentado de frente para o público; na 'Terceira Via' estou de frente para o público, só que de pé; na 'Multiversidade' estou sentado de costas para o público; no 'Lamento Imenso' estou sentado de perfil para o público; e no "Missed-en-Abîme" estou deitado no chão, a fazer espirais de 360º graus com a projeção em cima de mim e o público sem saber para onde olhar (aqui fui mais radical, sim). Falta-me a posição três quartos (não fui à escola, por isso não sei fazer). E falta-me também o modo de pernas para o ar (idem). Conto ainda, num qualquer empreendimento futuro, sentar-me na plateia com o público, a olhar, embasbacado, para a mesma tragédia de sempre: uma mesa, uma cadeira, um computador e uma projeção, a projetar um projeto que não vai acontecer.
#retrospectiva
Fotos:
1) LADO C, Festival @alkantaralisboa, 2006 © @jo3e_n3v3s
2) TERCEIRA VIA, @malavoadora Porto, 2015 © @_da.costa
3) MULTIVERSIDADE, @ruadasgaivotas6, Lisboa, 2021 © @alipio_padilha
4) LAMENTO IMENSO (preview), @festival_citemor, Teatro Esther de Carvalho, Montemor-o-Velho, 2022 © @susanapaiva
5) MISSED-EN-ABÎME, @festival_citemor, @teatroacademicodegilvicente, Coimbra, 2023 © João Duarte
6) A OPORTUNIDADE DO ESPECTADOR (bonus pic), Transforma, Torres Vedras, 2007 © @jo3e_n3v3s
Com uma semana de atraso, mas o coração ainda cheio de amor, aqui fica o meu post de agradecimento (infinito) às pessoas incríveis que fazem do @festival_citemor o festival de artes performativas mais incontornável do nosso panorama. Que privilégio ter inaugurado a minha #RETROSPECTIVA na edição 45 deste importante (e ancestral) lugar de criação. Obrigado ao Armando Valente e ao Vasco Neves por mais um voto de confiança. Obrigado ao @teatroacademicodegilvicente pelo exímio acolhimento e co-produção. Obrigado ao super-herói @andreteixeira_ por todo o empenho e dedicação a pôr de pé mais um "Missed-en-Abîme" e a contribuir técnica e criativamente para o arranque de "Lamento Imenso". Obrigado ao meu irmão @joaopedroantunescosta pela belíssima composição musical que fechou o espetáculo com chave de ouro. Obrigado à incansável e atenta Cláudia Teixeira (@tekno.love.songue), que cuidou de tudo (e de mim) da forma mais exemplar possível. Obrigado ao @daniel_dos_reis_nunes por me ter ajudado a cortar círculos de papel com 4 metros de diâmetro (a minha cruz...). Obrigado ao @janummela pelo trabalho gráfico. Obrigado ao Nuno Patinho pelo apoio técnico e por ter acedido a fazer 'figuração especial' em "Lamento Imenso"! Obrigado a todxs xs colaboradorxs, passados e presentes. E obrigado à insuperável @susanapaiva pelo olhar e pela presença luminosas. Agradecer também a quem veio para ver, a quem comprou a "Psicobiografia de um Herói Perdedor" (ahah!) e a todxs xs que me enviaram mensagens lindas depois. #RETROSPECTIVA regressa ainda este ano, com outros desdobramentos e hyper-ligações. A seu tempo anunciarei!
❤
[foto © João Duarte / TAGV]
E para fechar com chave de ouro esta série das avós e dos avôs, aqui vos mostro a grandiosa Ana de Freitas, a minha super-avó-mãe que virou os 100 anos de vida e de quem tenho saudades incomensuráveis, junto do meu avô João, infelizmente falecido antes de eu nascer. Diz quem o conheceu que sou muito parecido com ele… Genealogia: o que se vive/viveu e o que poderia ter sido.
💕
O "Universal Mother" foi um dos primeiros CDs que comprei, numa altura em que o meu universo visual-conceptual girava em torno dos videoclips-DIY do Michel Gondry para a Björk. Quando vi o "Fire on Babylon" na televisão, fiquei siderado. Não tenho memória da escandaleira com a foto do Papa, e a "Nothing Compares 2 U" era apenas um hit repetitivo na rádio. A minha Sinéad O'Connor começa em "Universal Mother", o primeiro álbum de teor assumidamente feminista que me recordo de ter ouvido com consciência (quase) plena do que estava a ouvir. Pode parecer pouco, quiçá até extemporâneo, mas para um adolescente de 15 anos sem acesso à Internet (na verdade, sem acesso a praticamente nada; se amares Amares, Amares e tu serás "verde"...), ouvir um álbum pop que abre com um discurso da Germaine Greer a sugerir a cooperação/fraternidade como alternativa ao patriarcado, é/foi muito importante. Horas infinitas a ouvir e a riscar o "Universal Mother", intercalado com o "Debut" da Björk (lançado no ano anterior), marcaram com intensidades diferentes os últimos anos da minha adolescência, um pé direito (ainda) no verde, a mão esquerda a fazer cócegas (já) a Lisboa. E todos os middle fingers da Sinéad a ecoar em tudo o que me movia... Não posso jurar, mas é possível que tenha chegado a Santa Apolónia pela primeira vez, no Intercidades que demorava 5 horas de Braga a Lisboa, com o meu discman e a minha vontade de rasgar-papas, a ouvir (e a murmurar), falsete em cima de falsete:
"Thank you for hearing me.
Thank you for holding me.
Thank you for helping me.
Thank you for breaking my heart.
Thank you for tearing me apart.
Now I'm a strong, strong heart.
Thank you for breaking my heart..."
Obrigado eu/nós, brava Sinéad...!
:(
🤍
Mais janelas e portas, atalhos e desvios, bugs e glitches, links, hyperlinks e wink-winks, e infinitos pontos de fuga se abriram, multiplicaram e expandiram nesta MULTIVERSITY que no sábado apresentei no arranque da QUEERMESS do @teatropraga, programa apresentado na Summer School da @escoladasartescatolica. Obrigado a todas as pessoas que vieram sentar-se em frente ao desktop do meu computador para comigo pensar futuros (e passados) possíveis; obrigado à equipa técnica que me preparou o playground mais lindinho (e high tech!) de sempre; e obrigado à minha família dorsal, tectónica, hyper-sónica, fractal e geo-emocional: a @cgardens, o @andre_e_teodosio, o Diogo, o Zé Maria e a @joanabarrios. Corre sempre tudo bem quando há amor à volta, não é? Eu acho que é.
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A MULTIVERSITY regressa em Outubro! Mais info: www.multiversity.pt
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#the_academy_as_performance
#multiver_ity_idade
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É oficial. Acabei de receber a minha apólice de seguro de acidentes de trabalho. Agora já podem contratar-me para fazer de saco de boxe nos vossos “espectáculos”! Isto é, já podem dar-se ao luxo de transitar do plano do simbólico para o plano do Real. Aproveitem, diz que está a voltar... ;)
#lamento_imenso
#the_return_of_the_reel
[pic: Christopher Wessels, apresentação-em-progresso de “1917” (estudo para “Missed-en-Abîme”), no @museumofimpossibleforms em Helsínquia, dezembro de 2018]
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My lecture-performance MULTIVERSITY continues its year-round periplus of invasions within the academic context. Next assault will happen already this week as part of QUEERMESS, a transdisciplinary program beautifully curated by @teatropraga for @escoladasartescatolica’s Summer School, in Porto. Come one, come all! 👽
More info:
teatropraga.com
artes.porto.ucp.pt
rogerionunocosta.com
multiversity.pt
[pics taken by @janummela during the residency for MULTIVERSITY at @campuspcs right before its premiere at @ruadasgaivotas6 in May 2021]
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RETROSPECTIVA
Rogério Nuno Costa
2003-2023
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@teatroacademicodegilvicente
@festival_citemor
21 . 07 . 2023
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Macro-projecto que assinala, de forma mais crítica que celebratória, os 20 anos desde a estreia do tríptico de performances em espaços inusitados ‘Vou A Tua Casa’ (2003) e os projectos educacionais, curatoriais, académicos e gastronómicos que, em diálogo tensional e (in)disciplinado, se lhe seguiram. Com a duração de 3 anos, o programa contempla reenactments, laboratórios experimentais, conversas e a publicação de dois livros, entre outras actividades cujo objetivo será a revisitação e consequente adensamento de temas, conceitos e operações já explorados, mas também a abertura de pontos de fuga para outras intensidades, antevendo outras prioridades, agências e colaborações. Operacionalmente, o projecto fará a compilação e reactivação quase-integrais do arquivo transdisciplinar de objectos textuais, visuais e performativos produzido por Rogério Nuno Costa e colaboradores ao longo das últimas duas décadas, mas também a construção de um novo edifício conceptual e performativo. Uma série de 3 peças, criadas e apresentadas no/para o espaço do palco, irá sugerir a reescrita de uma narrativa meta-ficcional e epistolar em torno da acidentalidade de um percurso, revelando as razões (mais ou menos) universais que explicam o hiato est/ético que muitas vezes afasta obras de artistas, artistas de públicos, públicos/artistas de instituições, e instituições de tudo o resto. Um percurso e o seu negativo.
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No contexto do Festival Citemor 2023, será apresentada integralmente a ‘Parte 1: Missed-en-Abîme’ (versão para palco da performance estreada em contexto de museu em 2021), seguida de um estudo introdutório para a ‘Parte 2: Lamento Imenso’, cuja estreia final terá lugar em 2024. Adicionalmente, será apresentado o livro-de-artista ‘Psicobiografia de um Herói Perdedor’. A trilogia ficará completa com a ‘Parte 3: Ulysses’ em 2025.
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rogerionunocosta.com/retrospectiva
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“Um percurso geo-emocional, tripartido, no mapa de uma cidade: o ponto A é a tua casa, o ponto C é a minha, o ponto B é aquele sítio impossível onde por ti sou apanhado no meio.” (2003)
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Promo pic © José Luís Neves (@jo3e_n3v3s). “Vou A Tua Casa (LADO C)”, conferência-performance-jantar de Rogério Nuno Costa (feat. @_chefro). Estreia: Festival @alkantaralisboa, 2006
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MORE:
rogerionunocosta.com/vouatuacasatrilogia
#retrospectiva
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Desde 2003, sigo uma dieta chamada INTERMITTENT LASTING: fome efémera, só que para sempre. Não é gastronomia, é gastrologia. Não acredita quem quer, nem sequer quem pode. Acredita quem sabe. “Ai é? E sabe a quê essa dieta?", perguntam. “Sabe a sabe, balão sabe...", lamento. Imenso.
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#RETROSPECTIVA
[Fotos promocionais de @aantonio.mv (2013) para “Tempestade (num copo d’água)”, food performance de @_chefro no Palácio de S. Marcos (Coimbra) para o “Ciclo da Água” da @ucoimbra, em colaboração com a @ehtcoimbra (Escola de Hotelaria de Coimbra).]
« O nosso Herói Perdedor permanece tombado. É agora um readymade, triste, dele mesmo. "Aquele a quem as coisas acontecem", podíamos afirmar, descrevendo-o. Não sabe separar o homem que sofre do espírito que cria. Não é, portanto, (nunca será) um criador perfeito. Vejamo-lo antes como uma alma feliz, romantizando a sua aversão ao calendário, ao carimbo, à assinatura digital, ao cartão de embarque, à carta de recomendação. Mais uma das suas desgraças: nem não-ser o deixam. »
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'Missed-en-Abîme'
Psicobiografia de um Herói Perdedor
2017-2021
#RETROSPECTIVA
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Foi o meu caderno diário, o meu livro de bolso, a minha lista de compras, o meu programa de rádio, a minha revista da especialidade, o meu muro das lamentações, o meu quadro de recados, a minha sala de estudo, a minha tese, o meu pós-doc, a minha sabática, o meu ensaio aberto. Abriu em 2004, "fechou" em 2014. Dez anos depois, o blog do VOU A TUA CASA - www.blogspot.com/vouatuacasa - será novamente re-aberto, de forma temporária e espectral, com o objectivo de assinalar os 20 anos desde a estreia da performance-trilogia, em Lisboa. Será esta uma de várias (re-)aparições, (re-)activações e (re-)publicações que este ano irei (re-)iniciar, num macro-projecto retrospectivo que se prolongará até 2025 e que incluirá várias coisas novas, muitas velhas e algumas infinitas. Estão todes, como estiveram sempre, convidades a contribuir. "Para sempre".
Quem se lembra?
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Enviem-me as vossas memórias para: [email protected]
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Foto: pormenor da obra “(Sem Título)”, fotografia e postal de Carlos Bunga, Nova Iorque, 2006. Contribuição do autor para o projecto documental de “Vou A Tua Casa”.
#vouatuacasa
#lamentoimenso
#RETROSPECTIVA
Obrigado a todes pelas mensagens, pelos telefonemas, pelos sorrisos, pelas gargalhadas, pelas canções, pelos postais ilustrados, pelos emojis, pelos memes aos saltos e pelos gifs animados, que animação! Obrigado aos amigues da vida com quem ontem celebrei, jantando, e à família nuclear com quem hoje celebrei, almoçando. Bebi muito vinho (ai as enxaquecas...) e comi muito bolo (ai a barriga...), mas sobretudo ri-me. Ri-me muito! Que é só o melhor elixir para as enxaquecas, para a barriga e, já agora, para a juventude que me enfeitiçou à nascença. Estou melhor que nunca e não aceito contraditório. E agora vou descansar... Como diria o Plastic Bertrand, que é inspiração de sempre, mas agora é ainda mais por conta de uma coisa nova que aí vem: "I AM THE KING OF THE DIVAN!".
Feliz ano novo para vocês também!
❤️
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Epitaph:
”D’ailleurs, c'est toujours les autres qui meurent.”
M.D. aka Baroness Elsa von Freytag-Loringhoven